NATURA VIVA
ai bambini del Kosovo
Beth
Fleury
I
coltelli, Tutti in mostra Disposti Sullo stesso piatto Di arabeschi. Tale
è la natura Della cosa, Che scintilla tra altre Presenze. Quelli
e quelle Noi e gli altri Gli altri e i bambini. Tutto finemente disegnato: Soltanto
un frammento E quasi brilla. E
per piegarsi Sul telo E sentire il vento Che scuote questa quasi-nave. Vela
e miccia, Lettera viva che un giorno In pace finalmente brillerà Spiegando
la sua bandiera In questo mare, Solcando lentamente questa poesia. Ma
questa penna - Che scivola, che lucica - E che, ormai stufa della parola
festeggiare, Si sdraia per terra, Non lascia sulla sua scia Nessuna macchia? ____________________________________________________ In
lingua originale: NATUREZA
VIVA Às crianças do Kosovo As
facas, Todas à mostra Dispostas No mesmo prato De arabescos. Tal
é a natureza Da coisa, Cintilando entre outras Presenças. Eles
e elas, Nós e os outros Os outros e os pequeninos. Tudo finamente
desenhado: Apenas um fragmento E quase rebrilha. É
para se debruçar Sobre a tela E sentir o vento Que balouça
este quase-navio. Vela e pavio, Letra viva que um dia Em paz há
de brilhar Desfraldando sua bandeira Nesse mar, Singrando este poema
devagar. Mas
esta pena - Que escorrega, que cintila -, E que, já farta de a palavra
festejar, Se deita ao chão, Não deixa em seu rastro Algum
borrão?
(Poesia
tratta dalla raccolta Palavra Possuída, Orobó editrice, Montes
Claros, Brasile, 2005. Traduzione di Julio Monteiro Martins, insieme ai suoi allievi
dell'Università di Pisa Ilaria Biagi, Barbara De Cagna, Barbara Del Cesta
Barbara, Anna Maria Landucci.)
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